sábado, 12 de março de 2011

01


- VAMOS LUKE! Vamos dar uma volta É só uma volta, te juro, não peço mais nada!
- Heidi, o professor logo chegará! Nós vamos nos atrasar!
- Por favor!
Heidi finalmente conseguira convencer Luke de ir junto à ela, dar a volta no bloco. Ela estava radiante pela primeira vez do dia, arrumou a saia e o blaser, arrumou a fita verde no cabelo. Sorriu para si mesma, e em seguida para Luke.
Os dois foram, lado a lado pelo corredor praticamente vazio. Os alunos estavam entrando nas salas, assim como os professores. O intervalo havia acabado há alguns minutos, mas Heidi não tinha visto quem ela queria ver. E então com sua insistência, característica única de sua personalidade, ela convencera seu amigo, grande amigo, Luke.
Passaram pela coordenação, pela escada, e quando estavam dobrando a esquina do bloco, lá estava. O cabelo ondulado caindo no olho, com sua a farda bastante solta de seu corpo, não tinha músculos, não tinha tantos chamativos aparentes, não aparentes. Heidi então sorria, e assim que ele a avistou sorriu também. Luke a puxava e ela soltou-se dele.
Ia indo em direção à ele e ele a segurou pela mão e a abraçou. Ele perguntou algo à ela, algo como "Você trouxe o livro que disse que traria?" ela ouviu, mas não ouviu também. Estava presa aos grandes olhos dele. Os cílios curvados e grandes. A íris castanha.
Ela apenas acenou com a cabeça. "Sim, está na minha bolsa..." e sorriu para ele.
"Na hora da saída, você me dá, então" ele murmurou. Heidi balançou a cabeça e Luke a puxou. Já tinha se feito de boba demais.
- Como você é boba Heidi.
- Han?
- É ele né? O menino que você me disse, você gosta dele não é?
- Argh claro que não Luke! Só acho ele bastante bonito, interessante, legal.
- Bonito... - Luke fez uma careta.
- Ah Luke, vamos logo pra sala, nós vamos nos atrasar!
Heidi o puxou e foram em direção à sala, onde o professor já estava. "E agora Luke?" Heidi indagou. "Abra a porta e entre. Você nos meteu nessa, você vai tirar". Então os dois entraram juntos e o professor nada perguntou, para alívio de ambos.
Heidi sentou em sua cadeira e suspirou. Sorriu em seguida. O perfume de John ainda estava impregnado em seus poros. Ela podia senti-lo. Doce, suave. Como ele [...]

AS HORAS PASSARAM terrivelmente devagar. Mas assim que o sino da escola anunciara a hora da saída, Heidi recolheu suas coisas, agarrou Luke e foi em direção ao portão. Ficou conversando besteiras junto à Luke, mas olhava muito ao redor. Ela tinha o livro em suas mãos. Apenas Luke não percebia, de bobo que era. Mas qualquer um que a olhasse sabia que ela esperava, procurava, ansiava alguém. Continuava acenando com a cabeça e murmurando ''hurruns'' ''sins'' e ''és'' com Luke. Então o resto dos alunos descia. E para a tranquilidade de Heidi, lá vinha John. Com seus amigos de sempre, talvez falando das coisas de sempre, do jeito de sempre. Ele veio andando, e em direção à Heidi, sem escapatória, afinal ela estava no meio do caminho dos alunos que saíam. Ele sorriu e lhe abraçou. Ela passou os livros para a mão dele. Capa vermelha, letras pretas. Ele segurou, sorriu pra ela, então seguiu seu caminho. Heidi se sentiu extremamente boba, e prometeu: não iria mais imaginar coisas com John, ele não merecia, não a queria, e nem imaginava que ela sentia essa pontada de paixão por ele. E jamais saberia também. Estava decidido.
E enquanto ela pensava, John passou correndo atrás dela, em direção ao carro de sua mãe. E o perfume doce dele outra vez estava em suas narinas. Ela fingiu que não sentia. Até prendeu a respiração, novamente, estava decidido. Então sua tia Mag também chegara, e ela se foi. Calada, desapontada, e insegura [...]

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Rogue suas preces e não conte com ninguém, veja tudo como se não houvesse amanhã, por que parece um dia tão normal, mas em cada esquina você pode vacilar"

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA .
PRONTO. ESTAMOS KITS ENTÃO?
Parece que vai dar tudo errado. Essa quinta feira maldita tá se aproximando e as flores que ainda não se abriram? E os duendes que ainda não se esconderam? [...]
OS CACOS DE VIDRO ESTÃO ESPALHADOS PELO BANHEIRO, AS CORTINAS ESTÃO BALANÇANDO COM O VENTO. O ESPELHO REFLETE A IMAGEM DO ERRADO. A FACE MOLHADA, UM ROSTO TÃO CANSADO. VAMOS LÁ, VAMOS Á LUTA. DERROTAR OS HEROIS? OU VENCER OS BANDIDOS? VAMOS LÁ, VAMOS PRA GUERRA. CONQUISTAR SENTIMENTOS, DERRUBAR MALDIÇÕES. QUEIMEM AS BRUXAS, DEIXA QUEIMAR. E SEU MORRER, VOCÊ, O QUE IRIA FAZER? CHORAR&CHORAR? É UMA ÓTIMA SAIDA. FUGIR DAS ENTRANHAS QUE TE PUXAM PRA LONGE DA GRAMA ESVERDEADA. DERRUBAR TODO O MEL POR CIMA DAS COLINAS PARECENDO QUE TUDO VAI DESMORONAR. PARECE QUE JÁ É TARDE DEMAIS MEU BEM, PRA CRER QUE ALGO VAI DAR CERTO, OU VAI DAR ERRADO. PARECE QUE AINDA É CEDO DEMAIS MEU BEM, PRA RESOLVER SE O DESTINO VAI MESMO TE TRAZER DE VOLTA AQUI.
Se a terra gira em torno do sol, isso quer dizer que as coisas também giram, também trocam de lugar, nao é verdade? Acontece que até hoje eu venho esperando essa tal de volta. Eu queria muito cumprir as promessas que eu fiz nesse começo de ano. Mas puts, eu queria uma força. Um sinal de que valeria a pena. Que daria certo. Eu ainda me preocupo e penso em você na menoria do tempo. Agora eu tenho pouco tempo pra isso, ainda bem, mas eu venho sentindo menos falta cada dia mais. Se ao menos outra luz aparecesse. Outro ser adentrasse aqui. Preenchesse esse espaço em branco. Aff cara, eu queria alguém pra abraçar, pra proteger. Pra fazer feliz.
Eu vou me comprometer a fazer as coisas que deixei de fazer, mas preciso que essas promessas tenham volta, ou vai ser como atirar tudo ás traças [..]